Um medo tão comum

Vou contar-vos um segredo, sou uma apaixonada por Runas, esse oráculo tão pouco compreendido e apreciado.
Adoro a sua história, a textura das suas pedras, a complexidade da sua leitura, o contexto por detrás de cada símbolo… As diferentes interpretações.
Sou uma curiosa por natureza, amo de paixão desafios. O primeiro contacto que tive com elas foi por acaso numa das minhas deambulações pela biblioteca na escola.
Achei interessante o facto de ter lido o livro e não ter conseguido saciar a minha curiosidade, aprofundei o mais que pude… entre livros, internet, pesquisa… e como uma coisa leva a outra criei o meu próprio oráculo que consulto de quando a vez.
 Ao contrário do que se possa pensar um oráculo não dá solução nem resolve problemas, indica caminhos, abre horizontes… destapa o véu de algo que até ao momento poderá parecer difuso ou complexo.
De todas as pedras aquela que me encanta mais é a única pedra branca de todo o complexo alfabeto Viking.
Esta runa rege o alfabeto rúnico, de seu nome Wryd é o conjunto de 3 deusas do destino, a Urd (destino a anciã), Verdani (ser a donzela) e Skuld (necessidade a mãe). Ou seja representa o passado, o presente e o futuro todos interligados entre si.
É a runa do karma, do destino… do que não pode ser alterado… que não pode ser controlado… testa a fé… desencadeia a força muitas vezes ignorada.
A runa mais poderosa do panteón das divindades vikings… a runa do fim do um ciclo do inicio de uma mudança… de uma evolução.
Mudança… o maior medo de maior parte do ser humano… a assustadora porta aberta que não nos diz como reagir ao que se encontra do outro lado…
Confesso que também tenho receio da mudança, de sair da zona de conforto… de me lançar as feras sem saber ao que vou nem ao que venho…
Mas abraço a mudança de queixo erguido e sorriso nos lábios… posso até esconder as lágrimas fingir algo que não é o que sinto a 100%, barafustar com quem não merece. Mas aceito-a! Assumo-a! Enfrento-a.
Ontem saiu-me a pedra mais poderosa do oráculo sem eu sequer o abrir… veio suavemente ter comigo e sussurrou-me aos ouvidos algo que me esforçava para ignorar!
“Chega Guerreira. Fecha o círculo. Avança em frente! Absorveste o que havia a aprender… fizeste o que tinhas para fazer… lutas-te, esforçaste-te… lambe as feridas, respira fundo e avança para uma nova roda… uma nova etapa”
As vezes é preciso apenas um segundo para vermos e aceitarmos o que esta em frente aos nossos olhos já a tanto tempo…
Podemos negar, tentar não ver… até ignorar! Mas na altura certa quando Wryd entra em acção, quando o tempo certo, o dia certo chega, não se faz mais nada. Aceita-se… suspira-se e avançasse.
Verdade que a morte estava anunciada, verdade que sabemos ser o melhor para nós. Verdade que para se conseguir ir em frente e entrar na nova etapa temos de encerrar a antiga… fechar a roda!
Tão mais verdade ainda que fere… que dói! Que arde no fundo do peito que dilacera a alma que nos rouba por instantes o ar… que nos sentimos menos de nada… que deixa de fazer sentido tudo…
Mas mais realidade ainda que como em tudo mudar seja ele para melhor ou para pior é necessário, que temos de dar tempo ao tempo. Fazer o luto, recalcular terreno, contabilizar perdas, absorver ganhos… rir muito e viver!
No fim o destino é algo a que não fugimos… é na forma de o concretizar que podemos fazer diferença.
Namasté!


14 thoughts on “Um medo tão comum

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  1. Tinha uma vaga ideia do que eram runas (eu sou toda virada para a espiritualidade,ao contrário dessa louca que comentou em cima),mas confesso também a minha ignorância quase total sobre o assunto!Ficou a pulga na orelha…
    Beijinhos*

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  2. Rosinha,

    Pulga atrás da orelha… ui e a comichão?
    🙂
    As runas são intensas… tem muitas formas de serem lidas e entendidas.
    Pesquisa do que conheço de ti sei que vais achar interessante.
    Beijinhos

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  3. “Voa Maria voa”

    Vento que sopra nas asas
    Colocou a Maria a voar
    Vendaval não pode parar
    Em Bruges há-de aterrar

    Estava muito produzida
    Segura com Júlia a falar
    E tudo ela soube explicar
    Nosso apoio é pr’a ficar

    Vejam o vídeo na rede
    Se não querem acreditar
    Neste exemplo sem par

    Voa nas asas do vento voa
    E não se cansem de ajudar
    Sonho assim não pode parar.

    http://takeustobruges.blogs.sapo.pt/

    http://sic.sapo.pt/proj_queridajulia/Scripts/videoPlayer.aspx?videoId={B0C9642E-CECC-4E34-9EBA-3647D34DABA4}

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  4. Honestamente não ligo nada a isso. Mas gostei de ler isto “Fazer o luto, recalcular terreno, contabilizar perdas, absorver ganhos… rir muito e viver!”. Bastard kiss.

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  5. Confesso que consulto outro tipo de “oráculos” e de processos simples. Respeito quem goste de fazer balanços, mas como nunca fui grande apreciador (nem conhecedor) de contabilidade, não os faço nem olho mto para trás, o que está feito feito está e traz sempre, mas sempre coisas boas. Contabilizar estragos não tem ganhos, bem pelo contrário é pura perda de tempo, que só nos martiriza e faz adiar o nosso processo evolutivo e de crescimento pessoal…

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  6. Foxos,
    Eu sou consultora, gosto de graficos, tabelas… de ver os erros refazer os passos… arrumar os “papeis” por ordem.
    Mas entendo o que dizes…e aceito.
    Beijinhos

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