Coisas que me irritam (parte III)

Depois da parte I e II não posso deixar de vos trazer a parte III desta já tão esquecida rubrica… confesso aqui que afinal não existem assim tantas coisas que me deixem irritada… o que acontece é que aquilo que me deixa irritada, deixa-me mesmo irritada e isso fazia parecer que era muita coisa. Não é, mas isso não significa que não descubra outras a longo prazo e se assim acontecer eu volto.

Posto isso aqui fica o terceiro capitulo de “Coisas que me irritam”, dadadaaaa (com o respectivo gingle obviamente):

extremismo1. Extremismos:
Seja de que tipo, religioso, alimentício, orientação sexual ou mesmo musical, todo e qualquer extremismo têm a capacidade de me tirar do sério. Sou a favor do livre-arbítrio e ainda me considero suficientemente livre para fazer o que me der na real gana, desde de que isso não influencie a vida de ninguém. Não impondo ideias ou ideais a ninguém também não tenho tolerância para que me sejam impostas e hoje em dia esse é o pão-nosso de cada dia. Imagens de animais estropiados apenas para fazer o nascer “vegano que existe em nós” ou de massacres religiosos para nos dar “vontades de reabrir os autos da fé” não levam a lado nenhum a não ser ofensas e violência gratuita.
Faz falta o saber estar e saber falar, a troca de ideias sem imposição, mas isso nunca vai existir e isso em parte é muitas vezes devido a 2 coisa que me irrita solenemente e que vou escrever de seguida.

Haters2. Haters (ou como eu costumo designar gente que não f@de)
Não tenho paciência a sério que não tenho, gente mesquinha que detesta porque sim é gente que literalmente não sente o sabor de um orgasmo a séculos. São eles muitas vezes os causadores de extremismos e trocas acesas de conversas. Gostam de lançar as achas com frases tipo, e depois de verem o “circo a pegar fogo” vão buscar as suas pipocas e assistem à merda que causaram. São facilmente reconhecidos pelos argumentos bacocos que de inelegantes pouco têm e de produtivos menos ainda. Se lhes perguntas para dar solução ou explicar o porquê da opinião contrária, respondem-te que não se têm de justificar pelo seu gosto.

gerundio[1]3. Gerundistas (inventei a palavra e sim estou muito satisfeita com o feito)
Os tentando, escrevendo, vendo, cagando… não tenho paciência para isso, gosto muito da língua mãe, sim passei as passas do Algarve a dizer os verbos (cantados, no meu tempo ainda era assim), mas não tenho de o usar apenas para simular inteligência. Denota mau gosto e uma incapacidade gritante de falta de sabedoria a construir uma frase. O único sitio aceitável é no Alentejo, eles ganharam o direito a usar o verbo da forma como bem entenderem… Agora de resto é só o uso idiota de um estrangeirismo que nem dessa forma deve ser considerado já que brasileiro não é língua é sotaque.

Telemóveis4. O uso excessivo do telemóvel, ou qualquer outro gaget como sinónimo de riqueza ou poder
Eu não sou hipócrita ao ponto de dizer que eles não nos dão jeito, até porque eu faço tudo com o meu, desde de ir ao banco a responder a e-mails, mas não faço questão de andar com eles 24 horas por dia ou de os exibir como um qualquer sinónimo de conta recheada no banco. E sejamos sinceros falar ao auricular ou em alta voz enquanto caminhamos e em voz sonante dizemos o negócio de milhões que estamos a preparar não é só estúpido é parolo (as minhas desculpas aos parolos que esses sim têm dinheiro).
Se juntarmos a isso o facto de os pagarem a prestações, enquanto vivem de rendimentos, ou reclamam do preço dos livros da escola dos miúdos (que estão pelo preço da morte, mas têm de haver prioridades), é caso de internamento. Parem 5s, não é preciso mais, e avaliem a sociedade ao vosso redor,não há convívio há feeds… e não vivemos mais em sociedade… navegamos… e isso é tão triste.

Julgar pela aparencia5. Julgar o livro pela capa
Essa talvez seja aquela que mais me irrita, o julgamento precipitado do outro… pela forma como te vestes, pelo que ouves, onde trabalhas… nessa caso eu posso falar por mim… as inúmeras vezes que já ouvi… “ninguém diria, a trabalhar atrás de um balcão e os conhecimentos que tem” como se isso fosse sinónimo de burrice. Se soubessem os conhecimentos, as risadas, as partilhas que perdem por se afastaram dos outros que não “cruzam com os vossos padrões” não seriam tão rápidos em julgamento e teriam tanto mas tanto a ganhar.

E pronto fim da rubrica… caso se justifique volto com a IV parte de “Coisas que me irritam” (isto dito com voz sonante por favor)… dadadaaaaaa.

Namasté _()_

2 thoughts on “Coisas que me irritam (parte III)

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  1. Não podia concordar mais com o que escreves.
    Extremistas são do pior, se uma pessoa é vegan, ok tudo bem é uma escolha dela, respeito, agora condenar quem não é e tentar converter todos à sua “religião” e ficar ofendido por uma pessoa ter uma opinião diferente, menos muito menos.
    A do telemóvel, acho ridículo tanta exuberância e falta de chá. Ainda há dias num convívio me deparei com uma moça da minha idade que não largava o telemóvel e queria publicar coisas nas redes sociais, quando não havia rede naquele sítio. Passei o dia praticamente sem olhar para o telemóvel (só para ver as horas) a conviver com outras pessoas, trocar ideias… Depois vivem num mundo imaginário onde são fotos a sorrir com frases xpto para mostrar e na vida real andam sempre de trombas. Ridículo.
    Quanto a julgar as pessoas pela “capa”, é algo idiota. Já passei por isso. Por exemplo vais para um sítio com uma roupa mais descontraída, tratam-te de uma maneira. Se fores mais chique já te tratam de outra. Não gosto disso. Das coisas que menos gosto é não me levarem a sério porque tenho uma cara mais jovem. Ou porque és mulher numa área de homens e não levam a tua opinião a sério. Já me aconteceu dizer algo e não ligarem, e no fim quem é que tinha razão? “A míuda nova”. Enfim. Infelizmente acho que as pessoas estão cada vez mais formatadas.
    Beijinho

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