As sombras que habitam em nós

Deparei-me hoje na única rede social que frequento com este video, são 70 minutos de filme, talvez um pouco longo para documentário mas que aconselho a ver… a absorver e reflectir sobre o que é dito.
Chama a atenção para as sombras que habitam em nós, sem excepção e que são constantemente reprimidas e afogadas dentro de nós pelo que é considerado politica, social e espiritualmente incorrecto.
Nada do que visualizei no documentário é incógnito ou novo para mim, sempre soube que o estado de dualidade que existe no ser humano é algo que requer atenção e vigilância.
A verdade é que necessitamos dos inimigos para ser quem somos, pois só quem sofreu sabe dar valor a felicidade, assim como quem dá valor á liberdade sabe o que é estar preso…
Basicamente a alerta inerente no documentário é que todos os defeitos que apontamos aos outros também temos… ninguém é 100% má ou 100% boa… não existem extremos existe uma harmonia que faz de nós especiais e únicos dentro de uma mesma espécie.
Só aceitando essas sombras como parte do que somos conseguimos avançar em direcção a uma harmonia com nós mesmos assim como com quem está do nosso lado.
Criar paz com o nosso eu interior não é fácil nem se faz lendo um livro com um título sugestivo como por exemplo: “Como harmonizar a sua paz interior em 10 capítulos” Muito menos se consegue fazer depois de visualizar um documentário ou ouvir uma história de evolução pessoal!
O mais provável é comovermo-nos… pensar enquanto o assunto está fresco e arrumar na memória. No entanto a minha experiencia diz-me que quando estivermos prontos para assumir esse passo assumiremos compromissos diários que nos levaram a meta. Ao encontro e ao perdão a nós mesmos e aquilo que terrivelmente fizemos escondidos sob a capa que somos melhores ou maiores que os outros.
Não quero dizer que deixaremos de sentir, raiva… angustia… medo… ódio… amor!
Muito menos quero dizer que sentiremos apenas bons sentimentos e veremos apenas o que é bom nos outros… não o que acontece é que não nos iremos prender a esses sentimentos destrutivos mais do que necessário pois corrompem a nossa essência e anulam a nossa capacidade de tirar lições de ver mais a frente.
Não é fácil! Ninguém disse que é! Eu que tomei consciência disso já há bastante tempo tenho ainda um longo caminho pela frente… ainda me agarro a sentimentos mesquinhos de angústia, medo e frustração que a única coisa que me trazem é isolamento, desgaste físico e espiritual e atritos com quem mais amo.
Não ter medo de abraçar quem somos… de mostrar como somos é um acto de coragem mas mais que isso é um acto de verdadeiro sentimento com nós mesmos antes de tudo! Ter a capacidade de perdoar as nossas próprias sombras… os nossos escuros segredos… de os trazer para fora por forma assumir e a não nos deixarmos reféns a eles é um grande passo para uma vivencia de harmonia e grandes feitos.
Se não quiserem ver o vídeo deixo-vos um texto Sufi de Kumi que para mim explica a vivencia humana de uma forma maravilhosamente breve e clara:
“A casa de hóspedes
O ser humano é como uma casa de hóspedes, cada manha há uma nova chegada, uma alegria, uma tristeza, uma decepção, uma felicidade momentânea vem como um visitante inesperado,
dá-lhes as boas vindas e recebe-os a todos, inclusive se for uma multidão de tristezas, que violentamente varrem a tua casa e esvaziam os teus móveis.
Ainda assim,
Trata cada hóspede com honradez, talvez estejam a limpar a casa para um novo deleite.
O pensamento obscuro, a vergonha, a malícia…
Recebe-os na porta sorrindo e convida-os a entrar sê grato com quem quer que venha porque cada um deles foi enviado como um guia do mais além!”
Pensem nisso… e vivam a vida sem criticar… porque a verdade é que todos nós temos os nossos traumas… os nossos telhados de vidro.
Namasté!

(PS: Obrigada Paulinho pela partilha)

6 thoughts on “As sombras que habitam em nós

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  1. Kennnnn Leeeeeeeee :))
    Obrigada minha linda… recordo com saudade e carinho todos os nossos momentos neste caminho que é a vida.

    Gosto muito de ti.
    Beijinhos (“,)

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  2. Viver a vida sem criticar poderá ser difícil para muitos, mas não para todos.
    Difícil, difícil, é gerir sentimentos, aceitarmo-nos como somos, enfrentarmos de cabeça erguida, contrariedades, dissabores, mágoas; dificil é, perante a adversidade mantermos a nossa verticalidade de carácter.
    Beijinhos

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