Cogitans hesterno die

Quem me segue por aqui sabe que eu evito falar sobre 3 assuntos, religião, desporto e politica. Não que tenha algum problema em discutir sobre esses assuntos mas mais porque são ideias muito individuais que levam indubitavelmente a desacordo e discussão e como hoje em dia se não pensas como eu estas contra mim, mais vale deixar de lado.

Mas não podia deixar passar o dia de ontem, talvez seja mais forte que eu mas não posso deixar de refletir sobre mais uma ida as urnas.

Por um lado temos novamente a vergonha da abstenção, do deixa andar, do não assumir a sua responsabilidade para com o futuro do país. Embora tenha baixado, foi desta vez de aproximadamente 42% ainda foi muita. E atenção eu não fui a favor do levantamento do isolamento, mas o voto é um direito conquistado a duras penas, a não ida as urnas não é só uma vergonha mas uma falta de respeito. O mais engraçado é que serão provavelmente estes, os que ficaram de cú alapado no sofá os que mais irão criticar os 4 anos que por aí vêm.

No meu ver foi um puxão de orelhas valente aos atrelados da geringonça que como acontece com as crianças quando não brincam como eles querem amuam, batem o pé e fazem birra. Foi uma crise politica causada por eles em busca de novo escalão de poder. Correu mal… muito mal e já se estava a espera que sendo assim os votos derivassem ao vencedor da noite dando-lhe uma maioria perigosa. Sim eu sei que uma maioria nem sempre é má, quando se ouve e se age de acordo com a opinião dos outros para um bem estar comum, mas eu era muito nova quando deixei de acreditar no coelho da Pascoa (foi uma campanha com a bicharada por isso pareceu-me adequada a referencia) e o poder corrompe, o poder absoluto ainda mais. A ver vamos como diz o cego.

No meio disto houve literalmente uma subtil tendência de mudança, uma ligeira entrega de poder a quem não o têm há muito tempo neste “jardim à beira-mar plantado” com a subida significativa da direita, chamemos mais radical e isso originou um dispersar de votos. Uteis ou não só mais tarde saberemos.

No resumo das voltas do marão pudemos dizer que foi mais do mesmo, com algumas palmadas de correção por um lado, puxão de orelhas de outro, castigos severos e algumas hipóteses para se mostrarem merecedores da confiança… algo me diz que nos vamos arrepender… espero sinceramente que não.

Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes.
Abraham Lincoln

Leave a comment

Up ↑

loudness

magazine

Intervalo para Café

O sabor da vida depende de quem tempera. Adicione mais amor!

Pseudo

Para o que der e vier!

Olhares que se querem lúcidos

O sabor da vida depende de quem tempera. Adicione mais amor!

A minha Travessa do Ferreira

O sabor da vida depende de quem tempera. Adicione mais amor!

O estranho mundo de Dom

...um mundo igual a tantos outros ... ou não !

Rafeiro Perfumado

O sabor da vida depende de quem tempera. Adicione mais amor!

O sol dos dias

O sabor da vida depende de quem tempera. Adicione mais amor!

nadadecoisanenhuma

O sabor da vida depende de quem tempera. Adicione mais amor!

L'Enfant Terrible Lx

O sabor da vida depende de quem tempera. Adicione mais amor!

Pseudoblog

O sabor da vida depende de quem tempera. Adicione mais amor!